Além do Algoritmo #5 – Do Hype à Entrega: IA não é Mágica, é projeto com Custo, Suor e Resultado
O sucesso da implementação de IA depende de critério e método para a geração de impactos positivos e de longo prazo
Além do Algoritmo é a newsletter que vai te manter conectado com as tendências, transformações e oportunidades abertas pela Inteligência Artificial no mercado, com uma curadoria exclusiva de conteúdos da Aimana.
Falar de IA virou parte do vocabulário corporativo e, como a maioria das tendências de mercado, esse debate tem diferentes espectros.
De um lado, temos empresas e lideranças genuinamente empenhadas em construir uma cultura que alinhe pessoas, tecnologia, processos e governança em prol da geração de resultados concretos e sustentáveis no longo prazo. Mas a verdade é que essa é uma parcela ainda pequena no ambiente de negócios do país.
Do outro, há o hype, a espuma, o discurso que “embarca em uma onda” sem critérios efetivos para uma transformação tecnológica estrutural e estruturante.
Sim, implementar com impacto ainda é exceção, não regra e a realidade que encontramos em campo é clara: enquanto muitas organizações seguem encantadas com o que a IA poderia fazer, poucas pavimentam o caminho para que a tecnologia, de fato, aumente a eficiência e libere recursos humanos para atividades mais estratégicas e criativas.
Em outras palavras: o desafio está em mover empresas do hype para a entrega.
E esse movimento, sem dúvidas, desafiador, tende a gerar frutos: segundo relatório da Thomson Reuters, empresas com uma estratégia de IA bem implementada têm duas vezes mais chances de gerar crescimento de receita com a tecnologia.
Ou seja: o resultado com a IA não vem da empolgação, vem de estratégia, processos e de lideranças alinhadas com objetivos bem estabelecidos.
É sobre sair dos experimentos isolados e construir uma jornada contínua. É sobre menos palco e mais projeto.
Essa é a discussão que propomos para você na 4ª edição da Além do Algoritmo!
Para tratar deste tema, veja o que preparamos para você na quinta edição da Além do Algoritmo:
🔶 Do usuário curioso ao estrategista assistido por IA
🔶 O que automatizar e o que preservar na sua jornada de digitalização
🔶 Produtos precisam de features com propósito, não só para “marcar presença”
🔶 O papel da governança estratégica
🔶 Número do mês: 80% das lideranças já veem a IA como transformacional
🔶 Dica de leitura: Além do Hype: Implementando IA com Propósito e Impacto
🔶 Conteúdo Exclusivo Aimana: dica de post de Luiz Othero
Vamos nessa?
De usuários curiosos a estrategistas assistidos por IA
A IA não será uma ferramenta de impacto enquanto for usada apenas de forma exploratória ou recreativa.
Formar usuários avançados com pensamento crítico e intenção estratégica é o que transforma a tecnologia em vantagem competitiva.
É isso que aponta um artigo recente da IT Forum, o qual reforça uma tese que implementamos todos os dias por aqui: sem pensamento crítico, o uso da IA tende à superficialidade.
O profissional do futuro é aquele que entende o que perguntar, como interpretar, e o que fazer com as respostas da IA.
Na Aimana, tratamos esse desafio com seriedade: nossas formações não são sobre ensinar prompts, mas sobre formar profissionais estrategistas assistidos por IA.
Pessoas que sabem identificar oportunidades, ampliar capacidades humanas e tomar decisões com base em dados.
E o lado positivo desse debate: 84% dos profissionais de TI pretendem buscar uma nova certificação no próximo ano, indicador que revela o fato de que a revolução de IA tem aberto caminhos para um aprendizado efetivo no mercado
📌 Em uma empresa de educação, formamos um time completo com esse mindset. O resultado? A equipe começou a cocriar novos serviços com IA e acelerar processos de forma autônoma, sem depender do time de tecnologia.
Fica a dica: curiosidade gera movimento. Estratégia gera resultado.
O que automatizar e o que preservar na sua jornada de digitalização
Todo movimento de transformação digital exige um olhar profundo para a cultura do negócio e para as “dores” da empresa que podem ser sanadas a partir da adoção de IA e do avanço na automação de rotinas.
Afinal de contas, automatizar sem critério é como construir em terreno instável e cada processo precisa ser reavaliado com profundidade para identificar:
O que é repetitivo e pode ser automatizado;
O que exige cognição e pode ser aumentado com IA;
O que deve continuar essencialmente humano.
E, como gostamos de afirmar por aqui, é sempre importante lembrar que, no contexto de avanço da IA, o trabalho do futuro será composto de tarefas invisíveis, aumentadas e reinventadas.
Foi com esse olhar, por exemplo, que redesenhamos o processo de conciliação e análise de dados financeiros para uma empresa de consultoria. A IA não apenas automatizou tarefas, mas liberou o time para focar na estratégia dos clientes. O resultado foi uma redução expressiva nas horas gastas com tarefas manuais e aumento do NPS da consultoria.
E tudo isso só reforça a ideia de IA, para gerar eficiência real precisa caminhar junto do redesenho de processos e da sustentação em uma cultura forte.
Produtos precisam de features com propósito, não só para “marcar presença”
hype. É preciso sempre lembrar que as funcionalidades de uma solução devem resolver problemas reais e aumentar o valor percebido para uma empresa — não apenas “marcar um número” no bingo da tecnologia.
Nesse sentido, o relatório The future of professionals da Thomson Reuters reforça que quase metade (46%) das organizações investiram em novas tecnologias baseadas em IA nos últimos 12 meses, e 30% dos profissionais agora usam IA regularmente para iniciar ou editar seu trabalho.
No entanto, o sucesso real dessa jornada depende de uma estratégia bem implementada de IA: atualmente, o estudo aponta que apenas 22% das organizações têm uma estratégia de IA visível — mas aquelas que já a definiram contam 3,5 vezes mais probabilidade de obter um ROI positivo.
Na Aimana, chamamos isso de Solution-Business Fit. IA é construída com base na dor do cliente e nos diferenciais estratégicos da empresa.
📌 Foi o caso de uma rede de supermercados que enfrentava sobrecarga logística. Em vez de criar dashboards complexos, desenvolvemos uma IA preditiva de agendamento com base em dados históricos. Resultado: queda na taxa de ruptura de estoque e aumento na eficiência da operação.
O papel da governança estratégica
Dentro de todo esse contexto, a governança de IA não deve ser vista apenas como uma resposta à regulação — mas como uma condição para que a tecnologia gere resultados.
Nesse sentido, uma matéria publicada pelo Jota, aponta que muitas empresas já estão se antecipando à regulação com políticas de governança próprias.
Para tanto, alguns passos são fundamentais: backlog priorizado, metas claras, sprints com entregas reais e responsáveis definidos são a base da implementação.
Na Aimana, isso se traduz em uma abordagem ágil, com ciclos quinzenais de entrega e foco em resultados de negócio.
Matéria completa do Portal Jota
O número do mês
80% das lideranças acredita que a IA terá um impacto elevado ou transformacional no seu trabalho nos próximos cinco anos
Não há duvidas de que esse número sinaliza um movimento inevitável de mudança no mercado. Mas atenção: a transformação não vem do discurso, vem da estrutura.
Para que os impactos da IA sejam relevantes, é preciso, como vimos, agir agora com método, estratégia e capacitação.
Quem esperar só pela regulação ou seguir testando sem propósito vai perder a curva da maturidade e o passo da corrida tecnológica contemporânea.
Dica de leitura
Além do Hype: Implementando IA com Propósito e Impacto I Victoria Luz
Neste livro, a especialista em transformação digital, Victoria Luz, discute os desafios e oportunidades da adoção de IA no Brasil, indo além das soluções genéricas.
A autora propõe caminhos estratégicos para implementar IA com intencionalidade, alinhando tecnologia ao contexto do negócio e à realidade das equipes.
Conteúdo Aimana
📌 Dica de post
Neste post do nosso CEO, Luiz Othero, ele compartilha as reflexões do Giovanni Salvador, professor da Link School, sobre o desafio e a “guerra” na implementação e geração de ROI a partir da IA.
E, conforme Othero reforça, implementar IA de verdade exige mais do que boas ideias e ferramentas de prototipagem. Sem suor, projeto e cultura, não há transformação. Sem governança, arquitetura e squads bem alinhados, não existe ROI.
Para fechar
A Inteligência Artificial não é mais uma promessa — é uma disciplina de execução.
Transformar o hype em entrega exige mais do que curiosidade. Exige método, gente preparada, clareza de escopo e governança.
Na Aimana, ajudamos empresas a fazer essa transição todos os dias — saindo do encantamento com ferramentas para a construção de soluções que entregam valor real.
Se a sua organização está pronta para sair do discurso e operar com IA de verdade, fale com a gente.
Vamos além do algoritmo. Juntos.



