Além do Algoritmo #4: Como unir velocidade com visão de longo prazo na implementação de IA?
IA nas empresas: a estratégia que separa o sucesso da falha nos projetos de digitalização
Além do Algoritmo é a newsletter que vai te manter conectado com as tendências, transformações e oportunidades abertas pela Inteligência Artificial no mercado, com uma curadoria exclusiva de conteúdos da Aimana.
Quem tem pressa não se interessa: conectando eficiência e estratégia na adoção da Inteligência Artificial
Existe uma diferença enorme entre agilidade e pressa. No primeiro plano, temos, por exemplo, as organizações cientes da jornada de transformação digital no mercado e que buscam sua própria rota a partir de uma definição clara de objetivos, de um olhar para suas dores, da busca pela integração e formação de pessoas nesse processo.
Do outro lado, temos um número crescente de empresas que, na ânsia de não ficar para trás, aprovam iniciativas de digitalização sem clareza de escopo, sem líderes preparados, sem processos de governança estabelecidos.
E, quando pensamos na nova corrida do mercado – a implementação da IA nas rotinas, no desenvolvimento de produtos e, em suma, no dia a dia das empresas –, não há dúvidas que a primeira abordagem tende a ser decisiva para o sucesso dos projetos de transformação digital e cultural que encontram na inteligência artificial sua base.
Além disso, como falamos por aqui, há também um abismo de distância entre simplesmente integrar IA pontualmente e ser IA First.
Em outras palavras, adotar IA sem critérios ou propósitos claros não traz maturidade digital para ninguém.
Essa é a discussão que propomos para você na 4ª edição da Além do Algoritmo!
Trazemos insights sobre os seguintes tópicos:
🔶 Pavimentando a rota AI First com processos e governança
🔶 Um olhar para o futuro: a necessidade de formação de lideranças
🔶 O que está por trás da hiperautomação por meio da IA?
🔶 Número do mês: 90% das grandes empresas consideram a hiperautomação essencial
🔶 Dica de vídeo: A nova fronteira da programação a partir da IA
🔶 Conteúdo Exclusivo Aimana: artigo de Luiz Othero no Canaltech
Vamos nessa?
Pavimentando a rota AI First com processos e governança
Para entender a diferença entre maturidade em IA e interesse pontual ou implementação sem estratégia, vale a pena analisar os dados de uma pesquisa recentemente divulgada pelo Valor Econômico.
O estudo indica, por exemplo, que apesar do interesse e dos investimentos crescentes (até 2030, mais de US$ 1,8 trilhão devem ser investidos em IA globalmente), no Brasil, o fato concreto é que 41% das empresas ainda estão no estágio inicial de adoção da tecnologia.
Segundo o estudo, os principais gargalos são:
Falta de clareza sobre o uso da IA;
Ausência de políticas de governança;
Pouca estrutura de processos.
Em outras palavras: a urgência em implementar IA não tem sido acompanhada de um trabalho profundo de construção de uma cultura AI First.
E isso envolve também o mapeamento de processos e a definição de critérios de governança para que esse movimento seja sustentável – operacionalmente, financeiramente e em linha com as regulações do país – ao longo do tempo.
Na prática da Aimana, vemos esse cenário com frequência e apoiamos empresas, justamente, na construção desses alicerces. É por isso que nosso método começa com a etapa Problem First. Só depois de entender o núcleo do problema real, é possível avançar com velocidade e consistência.
📌 Um exemplo claro é o de uma grande rede de concessionárias que queria aumentar as vendas com IA. Após o diagnóstico, observamos que o maior gargalo estava na baixa taxa de retorno dos clientes para manutenção. A solução não foi apenas um agente de vendas, mas um redesenho de processo que integrou IA, CRM e experiência do cliente – e gerou um aumento expressivo na receita de retorno.
Ou seja: visão estratégica para geração de valor real a partir da IA!
Matéria completa do Valor Econômico
Sem formação, não há governança ou processos eficientes
E na base da transformação capitaneada pela IA, não podemos esquecer do papel humano e, principalmente nesse momento de mudança estrutural do mercado, da formação de líderes para conduzir essa jornada.
Nesse sentido, um levantamento da Maitha Tech, divulgado pelo IT Forum, revela um dado alarmante: somente 10% das lideranças do país se sentem preparadas para liderar com IA em 2025.
A partir deste dado, é possível inferir que uma parcela significativa dos investimentos em IA no país estão sendo realizados por organizações em que as lideranças ainda não dominam os fundamentos estratégicos, operacionais e éticos da tecnologia.
Esse desalinhamento entre tecnologia e liderança é um dos principais motivos de falhas em projetos de IA e de digitalização de modo geral.
Por isso mesmo, aqui na Aimana, enfrentamos esse desafio de forma direta. Criamos jornadas de formação com foco prático, como o nosso programa de AI Leadership, que já capacitou mais de 1.500 pessoas em grandes organizações.
Porque, no fim do dia, não adianta ter uma solução de IA pronta se a liderança não sabe como direcionar sua aplicação e extrair os benefícios dessa revolução. Novamente, a urgência não pode ser confundida com a pressa.
Precisamos, sim, de desenvolvimento ágil, mas sem abrir mão da estratégia e de bases culturais sólidas.
Matéria completa do IT Forum com dados da Maitha Tech
O que está por trás da hiperautomação por meio da IA?
Diretamente ligado à pauta da transformação digital a partir da IA, o conceito de hiperautomação tem ganhado um novo gás no mercado.
Como mostra um relatório recente da Gartner, até o ano que vem, 30% das empresas devem automatizar mais da metade de suas atividades de rede.
Mas aqui vai um disclaimer: Automatizar com IA não é apenas substituir tarefas humanas por scripts ou robôs. É redesenhar processos com clareza, com dados, compliance e foco em resultados de negócio.
Ganhar escala, afinal de contas, não significa perder o controle. Para tanto, aqui na Aimana, adotamos uma metodologia de AI Business Automation que se estrutura a partir não só da automação, mas do redesenho de processos com apoio da IA e partindo de uma análise contínua que envolve o diagnóstico das dores do negócio, a implementação e a mensuração de resultados.
Em um projeto recente com uma rede nacional de supermercados, por exemplo, automatizamos o agendamento de entregas com base em dados históricos, sazonalidade e capacidade real de descarregamento.
O impacto foi imediato com redução na taxa de ruptura de estoque e aumento no número de entregas processadas por dia.
Esse é o poder da hiperautomação com IA que já nasce com visão de longo prazo e integrada a cultura, os desafios e as oportunidades das organizações.
🔗 Matéria: Hiperautomação no IT Forum
O número do mês
90% das grandes empresas afirmam que a hiperautomação é essencial para seu crescimento
O dado da Gartner revela mais do que uma tendência — mostra uma mudança de mentalidade em curso.
Quando nove em cada dez grandes empresas veem na automação um caminho para o crescimento, abrir mão da transformação digital que tem na IA um de seus maiores trunfos será um risco cada vez maior.
É importante, no entanto, entender que a hiperautomação só gera valor real quando está conectada a uma visão de negócio, com processos bem definidos e pessoas preparadas para conduzir a jornada.
Caso contrário, vira só mais um sistema complexo que ninguém entende — e que não entrega resultado.
Dica de vídeo
🍿 Ted Talks aborda a nova fronteira da programação a partir da IA I With AI, Anyone Can Be a Coder Now | Thomas Dohmke
Em sua participação no TED Talks, o CEO do GitHub, Thomas Dohmke, mostra como, graças à IA, a barreira de entrada na programação está desaparecendo rapidamente. Quais os caminhos e possibilidades que se abrem nesse cenário disruptivo?
Retomando nosso debate sobre vibe coding, vale a pena conferir a apresentação que conta ainda com a demonstração da criação de um código em tempo real.
Conteúdo Aimana
📌 Artigo do Luiz Othero para o Canaltech: A construção de produtos AI-first
E, seguindo com um olhar para o papel da IA no ambiente de negócios contemporâneo, nosso CEO, Luiz Othero, reflete sobre a diferença entre integrar IA e ser AI-first em sua nova coluna para o Canaltech.
Não há dúvidas, de que, em um cenário de transformações aceleradas, construir produtos que nascem com a inteligência artificial no centro é o novo desafio para startups e scale-ups. Mas como pavimentar essa jornada?
Confira os insights:
Para fechar
Como foi possível conferir, a pressa sem critério é inimiga da transformação.
O que vemos com frequência é um mercado que busca resultados rápidos com IA, mas esquece que a consistência vem da base: cultura, processos, governança, pessoas e lideranças.
Na Aimana, ajudamos empresas a acelerar – mas com direção. Se sua empresa está pronta para dar esse próximo passo, fale com a gente.
Vamos além do algoritmo. Juntos.
Até a próxima edição da Além do Algoritmo!
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